sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Conta dos Erros das Elites Sobra Sempre Para os Menos Favorecidos.

Desde que o mundo é mundo é assim, e o ciclo se repete agora na Europa;
Não é por acaso que na Europa  as populações protestam através de  passeatas, greves e confrontos com a polícia. Em Portugal, França, Inglaterra, Grécia, Irlanda e outros países sucedem-se manifestações cada vez menos pacíficas  contra os governos respectivos, elevando a temperatura em suas capitais e principais cidades. O cidadão comum europeu, com os estudantes à frente, protesta contra a adoção das milenares receitas para enfrentar crises econômicas:  redução de salários, demissões de funcionários públicos, enxugamento das empresas privadas,  também com dispensa de trabalhadores, aumento de impostos e supressão de direitos sociais.
Tem sido assim desde que o mundo é mundo: a conta dos erros,  excessos e incompetência das elites vai para os menos favorecidos, incluindo-se  a classe média  no rol. Mesmo variadas, as causas da crise debitam-se em especial à especulação financeira,  à ganância e à irresponsabilidade  dos grupos econômicos,  em geral artífices, formadores e integrantes  dos governos.
Desta vez generaliza-se  a reação dos oprimidos. Nada que possa redundar em revolução  ou impasses institucionais profundos, mas, com toda certeza, movimentos capazes de alterar o equilíbrio político-partidário vigente na maioria dos países referidos.  Basta esperar as próximas e sucessivas eleições para constatar que o conservadorismo estará saindo pelo ralo. Em termos democráticos, é a melhor solução, caso haja tempo para a extinção por via pacífica  da farsa das elites.

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