sábado, 18 de setembro de 2010

A visão tucana do Brasil

 As próprias agências de propaganda do exterior, que têm um poder econômico invejável e são loucas para ganhar dinheiro e espaço no Brasil, procuram associar-se a agências e profissionais nacionais.
Claro, elas não são burras e querem lucrar com um mercado em crescimento constante e com potencial para ser ainda maior do que já é.
A elite tucana, não. Ela é burra e acha que desenvolvimento é algo que vem de fora e que progresso é aumentar a velocidade do saque do país pelo capital estrangeiro.Os brasileiros? Os brasileiros “não estão aqui para ter ideia”. As ideias estão todas prontas.
O que aconteceu na internet?
Aconteceu o que aconteceria com o Brasil se esta gente voltasse ao poder.
Eles chamavam uns consultores estrangeiros, bem badalados, eles davam as ordens e nós, bocós, acharíamos o máximo termos uns iluminados a nos guiar e a nos fazer obedecer bem direitinho ao modelo que viesse de fora. Embora mais folclórico que o James Carville de FHC, o Singh do Serra é o mesmo. O que querem na rede é que sejamos simples propagadores de “verdades”, o “pensamento único” travestido de “spam”.
Para a elite tucana, os brasileiros não são capazes de abrir seus próprios caminhos. Não deve haver debate, contraditório, questionamentos. Somos uns primários, o que nos cabe é obedecer.
Não somos, não, seu Seu Singh. Não somos, não, seu Serra. Publico aí um gráfico tirado hoje cedo do Alexa.com, um site público de auditagem de acessos na internet. Como só podem ser comparados até cinco sites – e os blogs da direita não têm contagem separada, pois estão abrigados sob os grandes portais da mídia – estão ali os percentuais de acesso de alguns sites de política, relativos a todo o tráfego mundial de internet .
Não é preciso mais que isso para mostrar que os internautas brasileiros mandaram o Serra, com guru e tudo, para a rabeira. Até meu pobre site de campanha – o brizolaco.com – ao qual, por conta do Tijolaço, não tenho podido dar quase nenhuma atenção, já-já ia ter mais audiência do que o site de um candidato a presidente, pilotado pelo turbante de um milhão de dólares. Como diria minha avó, Serra e Singh levaram uma tunda.
Viomundo, do Azenha, e o Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim, estão lá por competência dos profissionais que os fazem mas também – e isso explica a razão de este modesto deputado-blogueiro ter acabado por ir parar por ali – porque debatem, discutem, ouvem, abrem-se à participação uns dos outros e, sobretudo, à de seus leitores. Não estão numa guerra selvagem, para “tomar” leitores uns dos outros, ao contrário. Estamos juntos numa causa: a de trazermos cada vez mais brasileiros para o debate, para a discussão sobre os rumos do país, para o acesso à informação via web, com banda larga para todos, para que este país seja melhor. Conseguimos entender umas palavrinhas que não existem para eles: cooperação e solidariedade.
Não praticamos  a máxima do “você não está aqui para ter ideias, aqui quem tem idéias sou eu”, porque quase duzentos milhões de cabeças pensando, pensam melhor que uma só, por mais “iluminada” que seja, com turbante ou sem turbante, com cabelos ou sem cabelos.

Por Brizola Neto

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